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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Capitulo 14

(***)
_Você confia em mim?
Rob me perguntou serio, deitado ao meu lado na cama, sua mão alisava as minhas costas, nós estavamos de frente um pro outro se olhando, se admirando. Eu estava um pouco nervosa, minhas mãos tremiam mas eu me enchi de coragem e fiz que sim com a cabeça. A mão dele subiu até o meu ombro e lentamente ele desceu a alça do meu biquíni, espondo a curvatura do meu seio, eu observei quando seus olhos desceram para aquele ponto em particular e seu rosto se curvo sobre o meu corpo,
eu não sabia o que ele iria fazer mas eu senti a minha pele muito umida, eu estava quente, suada. Fechei meu olhos esperando pelo o que viria a seguir e percebi que nada aconteceu, então os abri de novo querendo entender o que havia de errado e percebi que estava sozinha no meu quarto, no escuro e mais uma vez sonhando com Rob.
Me levantei asustada e tentei acha-lo no meio da escuridão, mas ele não estava lá. Olhei para a mesinha fitando o meu radio relogio. 14:40hs
Onde Rob está afinal de contas hen? Me preocupei em saber.
Sai da cama percebendo quão relaxado estava o meu corpo, e que as dores nas costas, ombro e nuca tinham sumido. Realmente valeu a pena a massagem! Pensei.
Me dirigi até a porta a abrindo com cuidado e pude ouvir sons vindo do andar de baixo., andei até a ponta da escada e vi Rob dentro da cozinha concentrado em alguma coisa. Fiz meu caminho de volta entrando no quarto e o fechando atrás de mim. Então percebi como ainda estava vestida.
Tenho que trocar de roupa, antes que Lia chegue em casa, por que por mais que ela confie em mim, não seria legal ter que explicar a ela que eu estava de biquini na cama por que o meu namorado estava me fazendo uma masagem medicinal.
Sabe Mãe eu estou assim por que eu precisava de uma massagem... é Rob se ofereceu para faze-la, mas não aconteceu nada eu, juro.
Bem, eu acho que ela não ia cair nessa.
Voltei para o banheiro percebendo que meu corpo estava completamente melado de oleo e resolvi tomar outro banho.
Quinze minutos depois eu já estava novamente dentro da camisa de banda de rock e com meu shorte meia coxa. Pensei em ligar a tv pra passar o tempo mas me lembrei que estava de castigo, e não tinha o controle da tv acabo.
Então voltei pra cama me sentindo derrotada, teria que esperar Rob vim me ver, pois eu não quero nem pensar no que ele faria se me visse passeando no andar de baixo.
Resolvi pensar um pouco. Foi um final de semana longo.
Primeiro a viagem de Rob, depois a conversa com Michael, então a minha burrice em ficar bebada, o castigo de Lia, essa bendita gripe, e agora meu namorado está aqui. Conclui feliz.
Mas então me entristeci, como será que foi a viagem de Rob?
Será que deu tudo certo com a avo dele? E as ligações dele que eu não respondi ele vai querer uma explicação mais cedo ou mais tarde, o que eu digo? Pensei aflita.
Eu conto que fiquei bebada? Pensei. Melhor contar! Decidi.
Mas se fizer isso ele vai querer saber por que isso aconteceu e então você vai dizer que foi ao luau conversar com Michael, em um lugar reservado e que lá ele te beijou a força? Minha mente debateu.
Droga! Eu estava em um dilema. Se eu contasse uma única coisinha eu teria que dizer exatamente tudo o que havia acontecido no fim de semana, e eu tinha certeza de que Rob não ficaria nem um pouquinho feliz em saber que Michael me agarrou no luau, e nem que por causa das bobeiras que ele disse eu me confundi com as bebidas e acabei ficando bebada.
Suspirei derrotada. E agora o que eu vou fazer? Eu estava tão concentrada em meus pensamentos que não percebi quando a porta do meu quarto se abriu, um Rob muito sorridente com uma bandeja nas mãos me encarava enquanto entrava no quarto._Olá meu amor! Ele disse me saudando. Eu sorri pra ele._Dormiu bem?
Me perguntou.
_Sim! Eu disse, enquanto via ele repetir o gesto de hoje cedo de colocar a bandeja em meu colo se sentando ao lado._Eu dormi muito bem, a massagem foi realmente uma boa idéia. Admiti.
_Que bom! Ele me pareceu satisfação._Está com fome? Me perguntou.
Balancei a cabeça dizendo sim enquanto olhava para os dois pratos de sopa a nossa frente.
_Otimo pois eu fiz especialmente pra você. Rob me confessou ao me entregar uma colher. Eu não pude deixar de sombar disso. Levantei as sobrancelhas e perguntei pra ele._Então agora eu vou poder finalmente comer sozinha? Quis saber.
Ele me deu um sorrizinho convencido e me respondeu_A menos que você queira que eu lhe dê na boca.
Eu rapidamente neguei com a cabeça, preparando a colher para tomar um pouco da sopa. Ele me observou, e eu não pude deixar de elogiar a sopa.
_Está otima. Eu confessei.
_Obrigado! Rob pareceu satisfeito comigo, enquanto também provava da sopa.
Comemos a sopa em silencio, eu estava achando isso otimo pois eu sabia que ele em algum momento iria me perguntar sobre o fim de semana e eu não fazia ideia do que responder.
Quando faltava poucas colherada para terminarmos o nosso almoço. Rob resolveu iniciar uma conversa para o meu desespero.
_Como foi seu final de semana?
Eu engoli devagar a colher de sopa que havia levado a boca e o encarei tentando achar uma boa resposta.
_Longa! Disse somente.
Rob me olhava esperando que eu disse-se mais, mas o que eu iria dizer?
_Só isso? Ele perguntou insistentemente.
Eu perdi totalmente o restinho do restinho do meu apetite e resolvi que era hora de conversarmos de uma vez, e bem, vamos ver o que acontece.
_Pra dizer a verdade, aconteceram muitas coisas desagradaveis no meu final de semana. Admiti rendida.
Ele balançou a cabeça como se me entendesse e pediu que eu continuasse. Eu desviei do assunto.
_E o seu como foi? Perguntei inocentemente.
As sobrancelhas dele se franziram e ele pensou por um minuto antes de me responder.
_Minha avó teve problemas com a empresa da familia, por isso pediu a minha ajuda, desconfiava que estivesse sendo roubada por algum socio, eu por ter formação em finanças pude tirar algumas de suas duvidas, agora o caso vai ser investigado por um orgão responsavel por fraude.
Ele falou tudo de uma vez, sem inferrupções e de modo bem calmo e tranquilo pra que eu entendesse muito bem. Eu pensei que ele havia terminado ai, mas estava enganada.
_Sua mãe lhe disse que eu te liguei no sábado a noite? Me perguntou, mas não esperou resposta, continuou falando._Eu te liguei varias vezes no celular mas como você não me atendia fiquei preocupado e liguei pra cá, ela me disse que você foi dormir na casa de uma amiga, mas eu não intendi por que seu celular estava desligado. Posso saber agora?
_Continua Kris, eu quero saber de tudo, por favor. Ele me pediu muito serio.
Eu balancei a cabeça e continuei._Quando eu achei que estava començando a fazê-lo intender o que eu dizia, ele... Ele... Bem.
Eu impaquei ai.
Como eu vou dizer para o meu namorado que outro cara me agarrou a força e me beijou?
Rob me encarou com uma cara furiosa, e me perguntou de uma vez.
_Ele te beijou não foi?
Eu comecei a mastigar o meu labio nervosa, e balancei a cabeça dizendo sim.
Rob bateu seu punho fechado sobre o colchão fazendo a bandeja balançar. Ele parecia possesso.
_Mas que filho de uma... Ele não terminou a frase, eu acho que era por que eu estava perto dele. Suas mãos voaram para os seus cabelos os esfregando com força, ele parecia querer matar alguém.
_Eu vou matar esse muleque! Ele gritou se levantando da cama e caminhando até a minha janela segurando nela com força.
Viu eu disse que ele parecia querer matar alguém.
Eu também levantei da cama e caminhei até ele o braçando por tras.
_Rob, me desculpe por favor! Eu sussurrei em suplica pra ele.
O corpo dele relaxou um pouco com o meu abraço.
Nos ficamos naquela possição por algum tempo e então de uma hora pra outra Rob se virou me abraçando apertado.
_Kris! Ele também estava sussurrando. Rob segurou o meu rosto com as duas mãos e me olhou com atenção antes de perguntar.
_Você gostou? Eu levantei as sobrancelhas pra ele sem entender.
Mas do que é que ele ta falando agora, hen? Pensei.
_Do quê? Perguntei.
Rob circulou seu polegar pelos meus labios bem devagar e respondeu encarando a minha boca.
_Do beijo! Você gostou do beijo do tal Michael?
A pergunta me pegou de surpresa de todas as coisa que eu esperaria que Rob gostaria de saber sobre o meu fim de semana essa realmente não passou pela minha cabeça. Eu deixei minha mente me levar de volta naquela noite e pensei sobre isso.
O beijo de Michael era forte, intenso, agressivo, possessivo, sem falar que ele não me deu escolha pra nada, ele não foi carinhoso não se importou com os meus sentimentos e nem se era aquilo que eu queria.
Encarei a figura angustiada do meu namorado que me olhava com expectativa e respondi sorrindo pra ele._Não!
O rosto de Rob, se suavisou um pouco ele parecia mais tranquilo com minha resposta, eu achei melhor completar._Eu não sou uma pessoa muito experiente com beijos, mas definitivamente esse não vai ser um do qual eu queira me lembrar algum dia.
Rob ainda estava serio me olhando, parecia estar absorvendo as minhas palavras e então após alguns segundos um pequeno sorriso apareceu no canto do seu rosto.
Ele ergueu o meu rosto na altura do seu e colou os nossos labios, os meus braços automaticamente envolveram o pescoço dele, os seus me apertaram mais contra seu corpo, nossas linguas se uniram com urgencia, necessidade uma da outra, suas mãos começaram a subir e descer pelas minhas costas me fazendo sentir uma sençação muito boa.
Ficamos nos beijando por alguns minutos, sentindo um o gosto do outro, se saboreando. As mãos dele não paravam de deslizar pelas minhas costas vez ou outra elas me apertavam a cintura e me impreensavam contra a forma dura de seu corpo.
_Kris? Rob? Nós paramos o beijo imediatamente e olhamos ao mesmo tempo para a direção do som.
Havia uma Ashley de olhos arregalados e boca aberta, segurando a maçaneta da porta aberta nos olhando.
Eu respirei fundo com a visão. Mas será possivel que ela não aprende a bater?
_Vocês estavam se beijando? Ela perguntou com espanto.
Rob levou uma mão na boca tapando uma risadinha e me encarou esperando que eu falasse alguma coisa.
_Sim Ash nós estavamos. Respondi a pergunta, mas imendei logo atras._Por que você não aprende a bater, hen?
Ela largou a maçaneta e caminhou na direção da minha cama sentando na ponta dela.
_Mas por que? Ela ignorou a minha pergunta e resolveu fazer outra, eu posso com isso?
Rob me virou de frente pra ele envolvendo minha cintura com seus braços em um abraço carinho e falou no meu ouvido bem baixinho soltando uma risada._Eu também tó louco pra ouvir a resposta.
Eu olhei pra ele pelo canto do meu olho e fiz uma careta, logo após voltei a encarar a Sra:Curiosa a minha frente.
_Nós estamos namorando Ash, e é isso que os namorados fazem se beijam.
Ela franziu a testa pensando no que eu havia dito, Rob e eu a observavamos esperando sua reação.
_Todo mundo que namora beija na boca? Perguntou fazendo uma careta.
Rob tapou a boca rapidamente impedindo a gargalhada de sair por ela, eu dei um pequeno sorriso pra minha irmã enquanto balançava a cabeça dizendo sim.
Ela torceu o nariz e fechou a cara indignada antes de me responder.
_Então eu não quero namorar nunca. Éca!
Com isso nem eu segurei a risada, Rob e eu gargalhamos com a resposta de Ashley. Até parece!
_O que é tão engraçado? Lia apareceu na porta com um olhar curioso.
Pronto virou bagunça! Todo mundo agora entra sem bater. Aff!
_Kris e Rob estavam se beijando na boca. Ash respondeu.
Eu olhei para a figura da minha mãe que agora estava sorrindo com a revelação enquanto Rob me soltava ficando logo ao meu lado de um jeito mais formal para a ocasião.
_Boa tarde Lia! Ele a saldou.
_Boa tarde Rob. Minha mãe respondeu caminhando até nós e colocando uma mão sobre a minha testa.
_Mas que otimo! Ela disse sorrindo._Não tem mais febre. Me informou. E encarou Rob com um sorrisinho travesso._Vejo que seu infermeiro fez um bom trabalho.
Eu olhei de Lia pra Rob que agora estava sorrindo e revirei os olhos.
Claro que ele fez um bom trabalho era tão persistente quanto ela pra dar medicamentos.
_Sim. Ele fez. Eu disse por fim.
Nos ouvimos o som estridente do telefone tocando no andar debaixo. Lia se apressou.
_Deve ser o seu pai querendo saber de você. Ela disse antes de virar as costas e sair do quarto. Rob voltou a me abraçar de novo e Ash ainda nos olhava curiosa.
O que será agora?
_Você tá melhor Kris? Ela perguntou preocupada.
Eu dei um sorriso.
_Sim Ash, eu estou obrigada. Respondi
Os olhos dela se iluminaram enquanto ela deu um salto da cama.
_Que bom! Agora Rob pode levar nos duas pra tomar sorvete né? Perguntou super animada com a ideia.
Eu abri um sorrizinho com a cena vendo Rob fazer o mesmo.
Mas antes que Rob ou eu pudessemos responder, o rostinho dela mudou.
_Ha! Eu me esqueci não vai dar... Você tá de castigo. Ela falou.
Ops! Eu realmente havia me esquecido desse detalhe. E principalmente
Não havia contado á Rob sobre isso ainda.
Otima maneira dele descobrir Kristen parabéns! Minha mente zombou.
_Eu vou tomar banho. Ash falou ainda tristonha_Tchau Rob.
Foi tudo o que ela disse antes de sair do meu quarto.
Eu não sabia como encarar meu namorado agora.
O que será que ele deve tá pensando de mim hen?
Rob me girou de modo que eu ficasse de frente pra ele e me olhou nos olhos.
_Isso que a sua irmã falou é serio? Perguntou surpreso.
Eu respirei fundo balançando a cabeça e disse com uma careta.
_Muito infantil não é? Perguntei. Ele pensou por um minuto e me respondeu.
_Pra dizer a verdade não! Parou pra pensar de novo._Quer dizer depende do que você tenha feito. O que foi? Quis saber.
Eu comcei a mastigar novamente o meu labio inferior, ele sorriu com a cena e me deu um selinho sobre o labio que eu mordia, o mordendo tambem, doeu um pouquinho mas foi bom.
_Eu já disse que você fazendo isso é muito sexy, então ao menos que você queira mais é bom parar. Ele falou brincando com uma piscadela de olho pra mim.
_Então o que foi que você aprontou? Insistiu em saber.
_Bem... Eu comecei a falar passando uma mão nos cabelos e os pondo atrás das orelhas._Na verdade foi um acidente, eu bebi dois coqueteis de frutas e acabei ficando embreagada. Confessei com uma careta de desgosto.
Rob estava me olhando como se não conseguisse acreditar no que ouvia, ele ficou em silencio por um longo minuto e depois começou a rir. Não gargalhar
_Você está de castigo por que tomou DOIS coqueteis e ficou bebada?
A maneira como ele falou parecia que eu havia cometido algum sacrilegio religioso.
Eu não gostei disso e fechei a cara. Ele percebeu minha reação e tentou se explicar.
_Me desculpa amor, mas é que coqueteu de frutas é uma bebida tão fraca. Nossa! Você realmente não foi feita pra beber. Ele tentou conter uma risada, mas não deu certo.
_Eu disse que foi um acidente você não ouviu essa parte não hen? Perguntei emburrada. Seus braços me envolveram novamente e ele beijou a ponta do meu nariz.
_Sim, eu ouvi me desculpa. Por favor? Pediu com um biquinho manhoso, muito lindo.
Eu balancei a cabeça dizendo sim e quando pensei que voltariamos para o nosso momento Love, ele tocou na ferida.
_Agora vamos continuar nossa conversa. Ele pediu_Continua falando do seu fim de semana. Quero saber de tudo.
Eu suspirei rendida e o puxei pra cama o fazendo sentar de frente pra mim e continuei contando tudo pra ele.
De como B me achou bebada em um quiosque na praia, de que eu havia realmente dormido na casa dela, do nosso dia de compras, da festa na piscina, coisa que não agradou muito a ele quando eu cheguei na parte que havia ficado de biquíni na piscina, ele fechou a cara mas não disse nada.
As unicas partes que eu omiti, leram bem né? Omiti, não menti. Foram as das conversas que eu havia tido com Michael. Rob não precisava ter o desgosto de saber das coisas horrivei que Michael pensava dele e disso eu poderia cuidar sozinha. Descidi por fim.
_Seu fim de semana foi realmente bastante longo. Ele admitiu com frustração.
_Sim. Eu respondi
Ele ficou em silencio pensando, só pensando eu não disse nada, fiquei olhando pra ele esperando por alguma coisa. Então ele resolveu falar.
_Pois bem... E agora como fica nosso namoro? Perguntou. Eu não entendi sua pergunta.
_Como assim? Quiz saber
_Bem, como você está de cartigo, isso quer dizer que não poderá sair de casa, e eu estava muito ancioso de passar um tempo sozinho com você, sei lá ir ao cinema, praia, barzinho, qualquer lugar, só você e eu. Ele concluiu o discurso com uma careta tristonha.
Eu entendi seu ponto de vista e tentei anima-lo.
_Olha na maioria das vezes o gastigo de Lia dura em torno de sete dias. Eu falei. Ele estava me ouvindo com atenção_Se eu for uma boa menina durante essa semana talvez ela me tire do cartigo por bom comportamento.
Ele deu uma gargalhada muito gostosa quando eu terminei de falar, mas eu não entendi por que.
_Sabia que você acabou de se mostrar como uma presidiaria mantida em cárcere privado? Ele perguntou ainda rindo. Eu voltei a fechar a cara cruzando os braços no peito.
_Não tem graça Rob, é serio. Eu falei zangada.
Ele foi parando de rir devagar e levantou as mãos no ar em rendição.
_OK! Me desculpa. Pediu._Acho que eu estou agindo assim por que é interessante ver isso acontecendo com alguem que eu conheço, por que eu mesmo nunca fiquei de castigo por nada, nem mesmo na vez em que pintei o sofá branco da minha avó de todas as cores do arco-iris, ou daquela que resolvi comprar uma moto com identidade falsa e ela descobriu. Eu realmente nunca experimentei essas coisinhas que você tem como adolescente.
Ele disse com um certo pesar na voz. Foi então que eu comecei a entender seu ponto de vista. Rob não foi um adolescente comum, ele foi criado diferente, suas ideias, pensamentos, atos sempre foram vistos de forma diferente, tanto por ele quanto pelos adultos que estavam ao seu redor.
Mas mesmo assim ele tinha se tornado um homem muito honrado.
Eu não disse nada me aproximei mais dele e o abracei apertado.
Era tudo o que eu poderia fazer por ele agora sobre isso.
Rob também não falou, apenas recebeu meu abraço com carinho, apertando minha cintura com suas mãos grandes e pesadas.
_Eu ainda não te dei o xarope pra tosse. Foi as palavras que ele usou pra estragarem aquele momento tão lindo entre nós. Eu me afastei dele o olhando com a testa franzida._Como é? Perguntei tentando achar que havia ouvido errado.
Ele voltou a repetir as palavras bem devagar como se fosse algo muito natural o que me dizia.
_Isso é serio? Eu agora estava revoltada, mas será possivel que ele não vai parar de bancar o enfermeiro nem por um minuto?
_Muito serio. Ele me respondeu levantando da cama e caminhando até a mesinha pra pegar meu xarope.
Eu voltei a fechar a cara. Olhei pra ele furiosa e disse de uma vez.
_Eu definitivamente, não preciso mesmo tomar isso agora Rob.
Ele retornou pra cama se sentando ao meu lado ignorando completamente as minhas palavras enquanto entornava o liquido naquele copinho miudinho.
_Aqui está, pode beber tudo. Ele comandou me entregando o copinho na mão.
Eu olhei para aquele liquido de cor estranha sabendo que ele teria que descer pela minha garganta e fiz uma careta.
_Para de pirraça e bebe logo Kristen. Ele disse em tom divertido.
Respirei fundo e virei o copinho na boca. Amargo! Muito amargo.
_Obrigada! Agradeci com deboche.
_De nada! Ele devolveu no mesmo tom. Abusado!
Depois de devolver o frasco para a mesinha ele ergueu a mão pra mim.
_Agora vem cá deixa eu adoçar a sua boca. Me pediu com tanto carinho que eu me esqueci completamente do por que estava tão zangada.
Ele segurou a minha nuca com uma mão enquanto com a outra retirou os cabelos do meu rosto e pescoço.
Ele me olhou de modo intenço, misterioso e se curvou para colocar um beijo no meu pescoço.
_Eu já te disse que eu adoro te beijar aqui? Ele perguntou em sussurros acariciando a pele exposta naquela região.
_Hum! Foi tudo o que saiu da minha boca, enquanto eu aproveitava suas caricias pela minha pele.
Os seus beijos foram subindo pelo meu pescoço, passando pela minha mandibula, tocando a minha bochecha e finalmente chegou aos meus labios. Com fome, desejo, ternura, era bom de mais ter a boca dele provando a minha, ou mordendo como ele fazia agora com o meu labio inferior.
_Você me indicou o paraiso, agora eu não posso ficar sem provar dele.
Ele continuou sussurrando se referindo as mordidas, que me dava na boca.
Sua mão livre, começou a acariciar o meu quadril, apertando as minhas carnes naquele local. A sua outra mão na minha nuca me masageava com carinho e tudo isso acompanhado de seus beijos estavam me deixando louca.
_Rob! Eu gemi baixinho o nome dele. Rob aprofundou ainda mais o beijo, buscando com a lingua lugares ainda não visitados, era a primeira vez que ele me beijava assim.
_Só me beija Kris! Ele pediu também em tom baixo, mas sem parar os beijos.
Eu pensei em fazer o que ele havia me pedido e então me lembrei de que não estavamos sozinhos como antes. Minha mãe e Ash estavam em algum lugar pela casa.
_Rob! Eu chamei de novo agora um pouquinho mais alto_Minha mãe está em casa lembra? Eu falei usando os meus braços como escudo para afasta-lo um pouco do meu corpo. Ele entendeu o que eu falava e parou rapido.
Balançou uma mão nos cabelos e me olhou de modo misterioso.
_Ok! Tudo bem. Mas em breve nos vamos descutir esse tópico novamente. Prometeu com uma piscadela. Eu não pude deixar de achar graça.
(***)
O resto da tarde passou de maneira divertida. Rob e eu conversamos
sobre varias coisas. Eu lembrei a ele do meu sonho, em que ele cuidava
de mim com gripe. E ele achou imprecionante como realmente se realizou.
Nós falamos sobre o problema que a mãe dele e a sua avó enfrentavam para se perdoarem por antigas feridas, e eu me senti honrada por ele ter confiado em mim. Falamos sobre o meu colegio como eu estou indo com os estudos e ele se ofereceu pra me ajudar caso eu precisasse em alguma materia. Ele também me contou estar de folga do trabalho por alguns dias por ter vendido três quadros por um bom dinheiro, e também me exclareceu que não pintava por causa disso e sim por que era algo que sua alma havia encontrado para aceitar a realidade da vida.
Que o ser humano alcança sonhos mas também tem pesadelos que os asombram. Depois entramos em um topico bastante interessante.
_O que você mais gosta em mim? Ele perguntou
Eu franzi a testa pensando na resposta. Essa era dificil.
Ele levantou as sobrancelhas com apreensão e disse encabulado.
_Nossa! Serio que precisa pensar tanto?
Eu percebi que ele havia tirado a conclusão errada da minha reação e tentei explicar.
_Sim, eu preciso pensar muito, por que eu gosto de tudo em você, é dificil escolher uma coisa só. Falei.
Ele revirou os olhos para a minha resposta.
_Pois enquanto você fica ai pensando eu vou te falar o que eu mais gosto em você.
Ele dobrou os joelhos sentado na minha cama e me encarou.
Seus olhos me observaram atentamente.
Agora me fala como é que eu penso com ele me olhando assim?
_Eu adoro os seus olhos! Ele disse com seriedade._Eles são um enigma pra mim... A minha *esfinge*.
As palavras dele enviaram um calafrio pelo meu corpo. Rob realmente sabia como me deixar sem graça.
_Eu nunca sei o que você está pensando, as vezes isso me deixa incrivelmente frustrado. Ele admitiu com um biquinho lindo.

*Simbulo da mitologia grega. Era conhecida por ser perita em enigmas:
Sua frase para despertar os curioso era: Decifra-me ou devoro-te:*

Observei a forma descontraida do lindo homem á minha frente e decidi por fim
_Eu gosto do seu sorriso. Falei.
Os olhos dele pareciam surpresos então resolvi explicar.
_Quando você sorri é por que está feliz e quando você está feliz eu não consigo estar triste, não dá.
Os olhos de Rob brilharam com a minha resposta e ele me surpreendeu ao se jogar em cima de mim sobre a cama me beijando com desejo.
_Rob! Eu gritei tendo ele deitado sobre mim ainda asustada com sua reação.
_Desculpe eu não pude evitar! Ele admitiu beijando toda a estensão do meu rosto.
As horas estavam correndo, e eu sabia que ele teria que ir embora em algum momento.
_Sabe! Eu falei abraçada com ele na cama tendo nossas mãos entrelaças uma na outra._Apesar de você ser um chato como enfermeiro, eu tive um dia maravilho. Confessei. Eu conseguia sentir a respiração quente dele no meu pescoço, enquanto ele estava encostado na cabiceira da cama me tendo apoiada em seu peito forte.
_E apesar de você ter se comportado como uma criança pirracenta, eu tambem tive um dia maravilhoso. Ele Também confessou.
Eu fiz uma careta fingindo dar uma cotovelada nele que me abraçou apertado contra seu
peito.
_Nossa Kris, você me faz tão bem. Ele sussurrou no meu ouvido fazendo eu me arrepiar.
_Você também Rob. Eu disse baixinho sabendo que ele ouviria.
Beijos molhados tocaram o meu pescoço, nuca, orelha, e voltavam ao meu pescoço de novo._Eu preciso ir embora agora amor. As palavras que eu tanto temia sairam de sua boca.
_É! Eu sei. Falei com tristesa na voz.
Rob deu uma risadinha com isso enquanto afrouxava o seu abraço do meu corpo.
_Posso te levar até a porta? Perguntei esperançosa por sua resposta ser possitiva. Mas não foi.
_Pode me levar até a escada. Você ainda não está bem, sua garganta ainda está muito rouca. Ele falou tocando meu pescoço com a mão.
_Promete que não vai sair do quarto até ficar bem!? Ele pediu.
Eu fiz um biquinho manhoso enquanto suspirava de tédio.
_Prometo! Falei pra Ele.
Rob segurou a minha mão até sairmos pela porta do quarto e pararmos no começo da escada.
_Boa noite amor! Ele disse com carinho._Tome os remedios direitinho está bem? Eu venho te ver amanha. Prometeu
_Ok! Eu vou fazer o que você pediu.
Ele sorriu de modo gentiu e se aproximou de mim colando nossos labios.
_Mas tem que ficar beijando toda hora?
Nós olhamos para a direção do som e encontramos uma Ashley no ultimo degrau da escada, nos olhando revoltada.
Eu revirei os olhos com a visão. Mas que perseguição é essa meu Deus!
_Boa noite Kris! Foi a ultima coisa que Rob me disse antes de descer as escadas rindo muito da cara da minha irmã.
_Tchau Rob! Ela disse assim que ele passou por ela.
Eu balancei a mão no ar pra ele antes de ve-lo fechar a porta.

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