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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Capitulo 10

PV:Robert.

_Você gostaria de um chá, café, uma água? A recepcionista me perguntou.
_Não, obrigado. Eu vou esperar sentado aqui. Respondi me sentando em uma das poltronas da recepção. A moça a minha frente me deu um sorriso e voltou sua atenção ao seu trabalho.
Eu olhava para fora da grande janela de vidro que ia do chão ao teto e observava as pessoas caminhando pelas calçadas do centro de Londres.
Faziam exatamente doze horas que eu havia chegado a minha terra natal, e só agora eu iria conversar com a minha avó, nesse meio tempo eu fiquei me lembrando da viagem, Judy havia dormido o tempo todo devido ao fuso horario. Eu não consegui me sentir a vontade no avião, pra dizer a verdade eu duvidava muito que chegaria a me sentir assim nesse lugar, eu não sabia o que estava acontecendo com a minha avó, e tinha o fato de eu não parar de pensar na Kristen.
O que será que ela está fazendo hén? Minha mente se perguntou.
Desde o momento que eu havia posto o pé em Londres eu já tinha mandado pra ela cinco mensagens, sem falar no fato de que eu estava louco pra ouvir a sua voz. Respirei fundo e me levantei da poltrona.
_Por favor onde fica o banheiro? Eu perguntei a moça.
_Você anda por esse pequeno corredor e a porta fica logo á esquerda. Ela me respondeu sorrindo.
_Obrigado. Eu fui pelo caminho que ela havia me mostrado. Entrei no banheiro e encarei o homem a minha frente.
_Aquele maldito idiota fez realmente um bom trabalho. Eu disse ao perceber a marca meio azulada que estava ao redor do meu olho. Circulei o dedo indicador sobre o hematoma e senti um pouco de dor no local.
_Mas que droga! Eu disse abrindo a torneira e joguei um pouco de água no rosto, tentando assim fazer sumir a expressão cansada que havia nele.
_Como eu queria quebrar a cara daquele muleque. Continuei falando sozinho enquanto lavava o rosto.
Minha mente me levava á ter certos pensamentos inconvenientes sobre esse garoto.
Logo cedo assim que decidi descansar pela viagem eu havia tido um sonho maravilhoso com o meu anjo. Uma noite inesquecivel ao lado dela na grande Londres, nós haviamos jantado, passeado, namorado e tivemos uma noite de amor incrivel. Minutos mais tarde depois desse sonho feliz, eu tive outro que pareceu um pesadelo. O tal Michael estava agarrando uma garota numa praia e quando ela virava o rosto na minha direção era a minha Kristen... Só em lembrar o meu sangue já fervia nas veias.
_Ele nunca vai chegar perto dela eu não vou deixar. Eu disse batendo a mão com força na pia do grande banheiro.
Um som estridente do meu celular chamou a minha atenção. Eu fui levar a mão até a minha calça jeans e me lembrei que ela estava molhada olhei para todos os lados tentando encontrar uma toalha e achei uma de papel.
Pode ser Judy preocupada pra saber se eu estou bem. Pensei comigo mesmo.
A surpresa do nome no visor do celular fez meu coração disparar no peito,era o meu anjo_Aló! Foi tudo o que eu consegui dizer, eu estava louco pra ouvir a voz dela. Não escutei resposta do outro lado da linha e isso me preocupou.
_Kris, amor é você? Eu perguntei. A resposta do outro lado veio em um sussurro baixo, mas ao mesmo tempo lindo.
_Oooi...Rob. Meu coração bateu acelera e eu tive que fechar os olhos para absorver a anergia da sua voz.
_Nossa Kris...Como é bom ouvir tua voz. Eu disse com satisfação soltando uma risada em seguida.
_É...é muito bom ouvir a sua também Rob. ela disse do outro lado da linha O meu coração estava apertado sem ter ela perto de mim.
_Sinto sua falta! Os dois disseram ao mesmo tempo e começamos a rir em seguida.
_Como vai a sua avô? Ela perguntou depois de um tempo.
_Bem...Eu não sabia como explicar a ela que ainda não havia visto a minha avó.
_Ela está passando por um momento dificil. Suspirei era tudo que eu sabia no momento_Mas não se preocupe. Eu quero saber como você está, dormiu bem? Perguntei mudando totalmente de assunto eu queria saber dela.
_Sim! Respondeu com uma risada divertida._Eu sonhei com você! Confessou.
Meu peito se apertou com a noticia, ela havia sonhado comigo exatamente como tinha me acontecido também.
_Jura! Eu perguntei com entusiasmo._E como foi? Estava louco pra saber do sonho.
Ela ficou em silencio como se tivesse sido pega de supresa com a minha pergunta.
_Ha!Bem...É que eu...Ela tentou se explicar apos algum tempo, mas as palavras sairam gaguejadas como se ela estivesse nervosa ou invergonhada do que me falar.
_Porque você tá gaguejando amor? Eu perguntei divertido. Eu poderia jurar que ela estava corada agora, exatamente da maneira que eu mais gostava dela._Ta nervosa? Perguntei tentando tranquiliza-la_Você sabe que pode me contar qualquer coisa não é? E era verdade ela poderia me dizer tudo o que quizesse e eu simplesmente ouviria calado, por ela eu faria tudo bastava só me pedir.
Eu senti quando ela respirou fundo e resolveu falar_Bem...é que eu meio que fico sem jeito de te contar sobre isso. Suas palavras me fizeram entender o quanto meu anjo era timida, quando chegasse a hora certa para termos intimidade seria um passo muito devagar que teriamos que dar.
Nós ficamos em silencio ouvindo a respiração um do outro quando eu pensei que ela havia desligado, sua voz acordou_Você estava no meu quarto. Ela disse e meu corpo se excitou um pouco mais com o pensamento._Eu tinha pego gripe.
Foi ai que eu percebi o quanto era inocente o meu anjo. Não pude deixar de soltar uma risada com a ideia_Você estava cuidando de mim. Eu sentia febre e então você se deitou na minha cama e me pegou nos braços. Nós passamos a noite toda dormindo abraçados, foi muito lindo pra mim.
A ideia me fez sorrir, uma noite inteira dormindo abraçado ao meu anjo.
_Eu queria muito ter dormido abraçado á você a noite toda Kris. Eu disse a ela com sinceridade.
Ela voltou a ficar em silencio e eu resovi dar um pouco de malicia a nossa conversa.
_Mas claro que sem que você estivesse doente. Eu exclareci.
Ela deu uma gargalhada com isso. Opa! não foi tão mal assim.
_Já disse que adoro a sua risada amor? Eu perguntou satisfeito com sua ultima resposta..
_Hurum. Ela resmungou no telefone_Mas eu adoro quando você repeti. Brincou.
Eu não pude deixar de soltar uma gargalhada com isso, não seria tão dificil ter intimidade com ela no fim das contas, era só ter as perguntas certas para as respostas certas. Pensei comigo mesmo.
Alguém bateu na porta do banheiro chamando meu nome eu deduzi que fosse o secretario da minha avó_Eu já vou Sam...Falei alto pra ele ouvir
Respirei fundo e voltei minha atenção para o meu anjo, ia ter que desligar.
_Amor infelismente eu vou ter que desligar...Eu disse deprimido, nossa conversa tava tão boa_Te ligo mais tarde ok? Eu prometi
_Ok! Respondeu_Um grande beijo. Me mandou
_Pra você também meu anjo. Eu desliguei em seguida..
Apoiei o telefone na testa fechando os olhos e respirando com pesar.
Kristen... Como eu te amo garota. Minha mente cantarolou.
(***)
Eu sai do banheiro e dei de cara com o asistente da minha avó.
_Olá Rob! Ele disse estendendo a mão pra mim_Quanto tempo não?
Eu fiz que sim com a cabeça em quanto lhe dava um sorriso amigavel.
_Venha, Mary está nós esperando. Ele dise me levando em direção ao grande escritorio.
A porta foi aberta e uma senhora de aparencia vaidosa se encontrava sentada na poltrona atrás da grande mesa, assim que seus olhos me encontraram ela abriu um grande sorriso e se levantou andando na minha direção._Rob meu neto querido como eu senti sua falta. Ela disse com certa emoção na voz.
Eu ergui os meus braços me preparando para receber seu abraço e fui envolvido por seus braços carinhosos.
_Olá vovó! Eu disse com um sorriso._Também senti sua falta. Completei.
Seus olhos me observaram com um pouco de tristeza antes de me perguntar.
_Onde está juliety, eu pensei que ela tinha vindo com você. Seu tom era duvidoso.
Eu encarei os olhos azuis de minha querida avó e respondi de uma vez.
_Ela ficou no Hotel.
O rosto de Mary ficou mais triste_Ela ainda não me perdou não é? Sua pergunta foi uma mistura de afirmação pra sí mesma.
Eu tentei dar um sorriso de conforto para a mulher a minha frente.
_Você sabe que sim vovò... Ela só não quer dar o primeiro passo para se aproximar. Eu disse com certa certeza._Gostariamos que vinhesse jantar conosco no restaurante do hotel nessa noite. Eu fiz o convite.
Ela franziu a testa com desconforto e eu sabia o que viria a seguir.
_Mas eu preparei os quartos de vocês na casa de campo, mandei Beth fazer o jantar...Ela disse com tristeza. Eu suspirei frustrado pela situação e respondi.
_Eu sinto muito vovó, mas Judy não se sentirá bem estando em sua casa. Ela me pediu que eu fizesse o convite, são as escolhas dela não as minhas. Eu disse com bastante firmesa.
Os olhos de Mary cairam com decepção, mas ela sabia que Judy não seria facil de domar_Está bem Rob, como ela quiser eu vou estar lá essa noite preciso ve-la é minha filha e eu a amo... Você sabe que eu a amo não é querido? Ela disse com um sussurro de angustia. Eu estendi a minha mão ate o seu rosto cansado pela idade e o toquei com carinho.
_Sim vovó, eu sei...E Judy também sabe. Eu disse com um pequeno sorriso.
_Sra:Thomas! Sam chamou nossa atenção para ele._Se quizermos sair dessa sala ainda hoje devemos começar a reunião. Ele disse com firmesa.
_Sim claro. Ela disse e puxou uma cadeira para mim_Senti-se querido eu te chamei
aqui por que preciso muito de sua ajuda.
Eu fiz o que ela pediu e passei a prestar atenção nas palavras de Sam.
Minha avó estava desconfiada de que estava sendo roubada por um dos socios do meu falecido avô Élioth, as empresas de exportação da familia Thomas era uma das maiores de Londres e havia se erguido do nada, meu avô havia começado o negocio com um antigo caminhão velho de mudança ainda quando era um pouco mais jovem que eu, na quela epoca ele precisava juntar dinheiro para mostrar aos pais de Mary que ele poderia ser um bom partido para a sua filha. Com muito esforço e dificuldade ele havia conseguido comprar mais três caminhões e empregar algumas pessoas, com o passar do tempo ele já estava com uma pequena firma de exportação então conseguiu convencer os pais de Mary que poderia se casar com ela.
_E você desconfia de quem? Eu perguntei curioso.
_Na verdade Rob, disse Sam_Nós não temos uma pessoa em mente foi por isso que te chamamos aqui... Ele disse estendendo uma pasta na minha frente eu a peguei.
_Nós sabemos que você é formado em finanças então resolvemos juntar o util ao agradavel. Ele fez uma pausa e olhou para a minha avó com um sorriso cumplice no rosto. Gostaríamos que você estudasse as pastas financeiras da impresa e nos disse-se se está havendo alguma fraude por parte de nosos acionistas. Será que poderiamos contar com a sua ajuda? Ele terminou seu discurso com uma das sobrancelhas levantadas com entusiasmo.
Eu tomei uma resporação profunda sobe a questão em que eu estava me envolvendo e declarei.
_Olha... Eu até posso fazer isso mas não sei se posso dar uma análise completa sobre a impresa. Eu olhei para a minha avó que me olhava com carinho e depois para Sam que parecia estar tranquilo ao me ouvir.
_Eu consegui o meu diploma pelo correio e tenho certeza que existem contadores qualificados para isso melhor do que eu em Londres.
Sam me deu um pequeno sorriso e respondeu gruzando os braços sobre o peito.
_Não importa a onde você tenha conseguido o seu diploma, é perito em finanças e é isso que conta aqui e agora.
Eu levantei as sobrancelhas abismado pela determinação do homem a minha frente e balancei a cabeça concordando.
_Ok! Eu disse abrindo a pasta no meu colo para ler os relatoiros financeiros.
(***)
A recepcionsta envadiu o escritorio da minha avó exatamente as cinco da tarde com o carinho de chá. Eu tive que soltar uma gargalhada com isso.
Judy e eu nunca haviamos nos preocupado com o fato de tomar chá principalmente as cinco da tarde em ponto.
Voltei minha atenção para os documentos espalhados sobre a mesa de reuniões, isso vai levar a tarde toda eu deduzi foliando com o dedo as doze paginas de relatorio. Enfiei a mão no bolso e peguei meu celular, tinha que mandar uma mensagem pra Kristen ela estava esperando por minha ligação.
Mensagem enviada, voltei a me concentrar nos papéis.
_Aqui está senhor! A moça disse ao me entregar uma xicara de chá.
_Obrigado! Agradeci bebendo um gole.
As horas foram se seguindo e eu fui concluindo que Mary e Sam estavam certos, havia realmente um pequeno mas vizivel rombo no cofre de finanças das empresas THOMAS exportações LTDA.
_Vovó! Eu chamei após algum tempo ela e Sam se viraram para me encarar.
_Estão faltanto quatro pagamentos de uma exportação para a Espanha. Eu disse com total confiança no que estava falando.
Ela se aproximou de mim olhando para os papéis._E são referentes ao quê?
Eu dei uma olhada mais detalhada nos papéis e respondi em seguida.
_Aqui diz que foi uma remessa de vinhos Portugueses. Mas eles não receberam o visto do receptor, ou seja a carga nunca chegou ao local indicado na entrega. Eu levantei os meus olhos e encontrei um Sam com um expressão preocupada._De quanto é o rombo Rob? Ele quis saber.
_Bem pelo o que eu posso avaliar por esses documentos algo aproximado á uns cento e oitenta mil dolares. Respondi fazendo uma careta.
_Ho meu Deus! Minha avó exclamou levando a mão na boca com espanto.
_Se a calme Mary, nós vamos dar um jeito nisso não se preocupe. Sam disse com tranquilidade dando um pequeno sorriso para a minha avó.
_E como vamos dar um jeito nisso? Ela perguntou com desespero na voz.
Eu suspirei fundo olhando para Sam esperando que ele tentasse exclarecer as coisas para ela. Ele entendeu o meu olhar.
_Bem...O primeiro passo foi saber se realmente houve um desvio de dinheiro. É importante a análise detalhada de Rob sobre os documentos por que ele é de nossa total confiança. Sam balançou a cabeça na minha direção me dando um sorriso amigavel_Se tivessemos procurado a ajuda de um outro contador talvez não teriamos tanta certeza sobre o roubo devido ao fato de não poder confiar plenamente no sugeito. Minha avó e eu olhavamos á Sam com total atenção ao que ele falava.
_O proximo passo é procurar um investigador que possa resolver esse problema da melhor maneira possivel sem dar nenhuma bandeira de que á uma crise se formando, assim nossos socios não terão como desconfiar de que já estamos a párte, do desvio de dinheiro. Ele terminou seu discurso sentando em uma poltrona a nossa frente com uma expressão sombria.
_E eu te juro Mary que quando acharmos o desgraçado ele vai pagar por estár tentando destruir uma empressa de tanto prestigio quanto as Thomas Exportações. Sua voz continha tristeza e furia, ele parecia vizivelmente revoltado pelo fato de minha avó estar sendo roubada.
_Elioth me deu uma grande oportunidade quando me deu o meu primeiro emprego nessa firma. Ele começou a dizer._Eu era apenas um simples embalador de pequenas peças e sua confiança e amizade me colocaram no lugar em que eu estou hoje, e não vou permitir que ninguém tente destruir algo de que tanto me orgulho em ter em minha vida, essa era a vida de Elioth e ele me ensinou a ama-la como minha vida também. Seu olhar caiu sobre minha avó com carinho e determinação.
_Não se preocupe Mary nos vamos achar esse infeliz e punilo como se deve.
Minha avó balançou a cabeça concordando com Sam mas sua expressão não deixava de ser preocupada.
_Bem! Sam disse depois de um longo minuto de silencio na sala_Já está tarde, então acho que devemos ir pra casa. Ele concluiu olhando para o relogio na parede do escritorio.
Sim já estava muito tarde, pra dizer a verdade já eram 19:42hs da noite e eu estava louco pra tomar um banho e descançar um pouco.
Saimos do escritorio e descemos do predio direto ao estacionamento.
_Rob querido, Sam irá me levar pra casa. Minha avó disse ao parar em frente ao seu carro. O seu motorista a aguardava._Entre! Jimmy irá te levar ao seu hotel e depois volta para me buscar estarei lá dentro de uma hora para o jantar. Ela terminou de falar já caminhando para o carro de Sam.
_Ok vovó! Eu disse entrando no carro que o motorista havia aberto a porta. vinte e cinco minutos mais tarde eu entrava no meu quarto de hotel.
Era um daqueles quartos que mais pareciam um pequeno apartamento com uma salinha, uma cozinha, dois quarto e banheiros.
_Mãe! Eu chamei batendo na porta do quarto dela.
_Pode entrar Rob! Ela gritou de dentro.
Judy estava sentada terminando de vestir as meias pretas de inverno que combinavam com seu vestido florado._Como estou ? Ela perguntou, parecia... Nervosa?
_Linda! Eu disse com entusiasmo._Você sempre está mãe.
Ela me deu um sorriso encabulado mas eu pude ver seus olhos com um pouco de receio._Está preocupa com esta noite não é? Eu perguntei me aproximando mais dela. Suas mão foram ao meu rosto o tocando com carinho, ela soltou um suspiro forte
_Você está comigo querido, eu não tenho que me preocupar com nada...Você me escolheu, é meu filho e eu te amo muito. Sabe disso não? Judy tinha lagrimas nos olhos quando terminou de falar mas não deixou que elas cai-sem. Ela detestava se mostrar fraca.
Eu balancei a cabeça positivamente e lhe dei um beijo no rosto.
_Não se preocupe mãe. Eu disse tentando passar conforto com as minhas palavras_Eu sei que você me ama e eu também te amo muito...Nós vamos ter uma noite bem agradavel, e se tudo correr bem, antes do amanhecer estaremos pegando o avião de volta para casa.
Ela abriu um sorrisão pra mim me dando um abraço apertado.
_Ok! Querido. Ela disse por fim _Agora vá tomar banho. Ela bagunçou ainda mais o meu cabeço enquanto fazia uma careta.
Entrei no chuveiro e deixei minha mente me levar até a historia que marcou a minha vida.
Mary sempre foi uma mulher criada para ser uma dona de casa, boa esposa e mãe de familia. Ela sempre quiz ter muitos filhos. Mas o destino lhe deu somente dois...
O primeiro Foi Elioth II, ele morreu de peneumonia aos oito anos, assim que se mudaram do interior de Londres para a cidade grande. Judy veio dois anos mais tarde. A familia já tinha uma certa mordomia financeira e ela foi criada como uma pequena princesa. Mary assim como foi criada tentou ensinar a sua filha tudo o que havia aprendido com sua mãe. Mas Judy nunca serviu para ser uma mulher de familia que sabe lavar, passar e cozinhar com louvor. Judy queria conhecer o mundo, ver pessoas, ler livros, estudar e se doar integralmente a ajudar ao proximo de alguma maneira. Ela aprendeu a fazer coisas que muitas das outras garota não teriam coragem de tentar. Aprendeu a andar de moto, a velejar, aprendeu defesa pessoal, ginastica ritmica, e sua ultima e mais emocionante aventura foi aos dezoito anos quando quis apreender a pilotar um avião.
Mary durante o crescimento de judy tentou de todas as formas fazer dela uma dama.
Mas teve que desistir ao ver a filha se tornar maior de idade e andar com os proprios passos. Judy havia comprado seu proprio apartamento e decidido morar sozinha, ela dizia estar cheia de ter a mãe se metendo na sua vida como se ela fosse uma criança deficiente. Dois anos mais tarde Mary descobriu que Judy estava casada e gravida de seu instrutor de aviação.
Ela ficou surpresa pelo fato da filha ter conseguido segurar um rapaz aponto de telo feito casar-se com ela, quando a criança nasceu, no caso eu Robert Thomas Pattinson, Judy e Mary entraram em uma pequena trégua para cuidarem de mim.
Até que o acidente do meu pai aconteceu fazendo minha mãe cair em uma depressão tão profunda que ela não conseguia nem mesmo se lembrar do proprio nome por dias seguidos. Minha avó teve que se mudar conosco, para garantir que eu seria tratado como uma criança precisava. Judy não demostrava em nenhum momento mudar suas atitudes devido a depressão. Fazendo assim minha avó tomar providencias drasticas.
Mary ameaçou a Judy de que se não fosse procurar ajuda medica para se recuperar do trauma ela me tiraria dela, fazendo o juiz dar a minha avó a minha guarda legal. Foram quase cinco anos para que Judy voltasse a ser a mulher coragosa, divertida e imprevisivel que sempre foi, e isso a deixou com uma magoa muito grande no coração contra Mary. Eu ainda não era um homem naquela epoca mas já tinha idade para entender as coisa. Eu sabia de toda a historia desde o começo Judy nunca me escondeu nada, nunca teve nenhum segredo de mim, eu aceitei sua maneira de ver a vida, sua dor por ter perdido o único homem a quem amou e principalmente aceitei que ela não estava em seu juizo perfeito para ter me deixado de lado quando a morte do meu pai ocorreu.
Eu aceite a mulher que ela era e a cima de tudo a amei de todo o meu coração.
Coisa que não agradou muito a minha avó pois ela sempre pensou que assim que eu tomase uma certa idade optaria por querer morar com ela, mas não foi bem assim, eu decidi que era a hora de cuidar da minha mãe.
Nos finalmente nos separamos de minha avó e passamos a viver a nossa vida de ciganos da qual sempre gostamos.
Desde então, judy não tem mantido contato com Mary, ela ainda se recorda das vezes que minha avó a forçava a frequentar as reuniões do pisicologo, dizendo que se ela assim não o fizesse ela não iria me ver, por dias. Houve algumas vezes em que isso realmente acontecia e minha mãe passava horas chorando trancada no quarto querendo saber noticias minhas sem que minha avó lhe disse-se nada.
As vezes eu desconfio de que Judy nunca vai perdoar a mãe realmente, mas mesmo assim vovó Mary sempre tenta todos os anos, mandando flores, presentes, cartões de aniversário, tudo que possa chamar a atenção de Judy para ela.
Terminei meu banho e fui para o meu quarto para me vestir.
Calça jeans e camisa, decidi. Esfreguei as mãos nos cabelos rebeldes. Pronto.
Sai do meu quarto e me deparei com uma Judy imovel com um olhar perdido no nada sentada no sofá.
_Mãe! Eu chamei a atenção dela. Seus olhos se demoraram um pouco mais no nada e então se voltaram para mim.
_Eu estava pensando no seu pai. Ela confessou com um sorriso pequeno.
Me abaixei ficando na altura dela no sofá e encarei.
_Ninguém pode te fazer mal Judy. Eu tentei passar total confiança pra ela_Você é minha responsabilidade agora, confia em mim... Por favor. Eu pedi com um sussurro.
Ela envolveu os braços ao redor do meu pescoço me apertando forte.
_É que as vezes eu penso que alguém vai achar algum modo de te tirar de mim Rob. Ela disse com pesar na voz. Eu soltei uma risadinha sem humor e a encarei de novo.
_Mãe...Eu tenho 21 anos, ninguém pode me obrigar a fazer nada...Ninguém.
Eu falei tentando manter o meu melhor sorriso no rosto.
Judy respirou fundo balançando a cabeça em concordância e se levantou do sofá
_Ok! Você está certo... Disse ela agarrando o meu braço._Vem meu FILHO. Ela fez questão de focar o filho_Vamos acabar logo com isso.
Nós saimos da suite do hotel a caminho do salão do restaurante.
(***)
Mary estava sentada na nossa mesa reservada esperando por nós, no momento em que seus olhos encontraram a figura de Judy eles brilharam com intensidade, eu não pude deixar de sentir uma certa pena da expressão de minha avó.
_Juliety querida. Ela disse ao se levantar da cadeira assim que nos aproximamos da mesa_Você está bem filha? Ela perguntou erguendo a mão para tocar o rosto de minha mãe.
Eu pude ver nitidadmente quando o corpo de Judy enrrigeceu diante do ato de Mary, ela estava fazendo um grande esforço para manter a calma perante as circunstâncias.
_Muito melhor do que á quinze anos. Foi a resposta seca que saiu da boca de Judy.
Os olhos de Mary cairam com tristeza ao perceber que Judy não estava disposta a ceder á uma trégua.
_Bem... Eu disse limpando a gargante e encarando as duas mulheres a minha frente_Vamos nos sentar, eu quero ter um jantar especial com as duas mulheres da minha vida. Eu tentei dar o meu melhor sorriso de conforto para ambas, mas acho que não convenci muito.
_Obrigado querido. Mary respondeu retornando a sua cadeira.
Eu me sentei no meio das duas tendo Judy em uma ponta da mesa e Mary na outra. Espero que elas não inventem de brincar de cabo de guerra comigo. Minha mente estava preocupada.
_Então Rob. Mary iniciou uma conversa assim que o garçon saiu com nossos
Pedidos._Como vai a sua carreira como pintor. Está se divertindo?
Judy mantinha o olhar baixo não querendo encarar a mulher a sua frente.
_Sim vovó, eu realmente estou me divertindo. Eu disse com um sorriso sincero._Pra dizer a verdade eu acabo de vender três quadros por uma pequena fortuna. Conclui com satisfação.
Os olhos dela se abriram com total espanto.
_Que noticia maravilhosa meu filho. Eu estou muito orgulhosa de você. Ela disse estendendo a mão e apertando a minha com carinho.
Eu sorri em retribuição ao seu apoio e percebi os olhos de minha avó cairem sobre Judy.
_E você Juliety... Ela tentou falar_Como está se saindo como professora?
Com muito esforço minha mãe elevou os olhos para encarar a mulher a sua frente e respondeu depressa._Muito bem... Obrigado.
Eu suspirei fundo e tomei um gole do vinho branco que estava em uma taça a minha frente. Vai ser uma longa noite! Minha mente cantarolou.
(***)
Depois de uma refeição digna de um rei, nós partimos para uma sobremesa regada á sorvete e morangos, a preferida de Judy.
_Sam já conseguiu contratar um investigador para a empresa Rob. Mary me informou enquanto provava seu sorvete._Ele é americano, um dos melhores do ramo e está disposto a nos ajudar no que for possivel.
_Que bom vovó...Isso significa que eu já posso voltar pra casa? Perguntei esperançoso.
Os olhos dela demonstraram um certo constrangimento com minha pressa para partir eu tentei explicar_Não tem nada a ver com você vovó... Mas é que eu estou com muita saudades de uma pessoa. Eu falei logo de uma vez.
Ela abriu um sorriso gigantesco com minha revelação e perguntou animada.
_Não me diga que você finalmente encontrou uma garota especial? Quis saber.
Eu balancei uma mão nervosa nos cabelos e respondi fazendo uma careta.
_Na verdade é isso mesmo. Ela ergueu a mão a boca abafando o som do susto pela noticia e falou com total entusiasmo._Isso é maravilhoso... Nós precisamos comemorar. Garçon! Ela chamou e ele veio rapidamente_O seu melhor champagne. Pediu.
_Na verdade vovó, eu acho que não precisa tanto. Eu falei meio encabulado por tanta atenção.
_Imagina! Ela disse me dando um tapinha na mão._Como se chama a garota de sorte? Quis saber.
Eu abri um grande sorriso olhando para Judy que tinha uma expressão serena e para a minha avó que não se continha de felicidade e respondi me lembrando do rosto do meu anjo.
_Kristen! Falei de uma vez.
O garçon encheu nossas taças e Mary elevou a sua no ar com um imenso sorriso_Então um brinde a Kristen por ter conseguido achar o caminho para o coração do meu neto.
Judy e eu levantamos a nossas taças e brindamos com Mary. O rosto do meu anjo invadiu a minha mente e eu me permiti sonhar tela comigo nesse momento tão único pra mim.
_Bem Rob. Minha avó me chamou me tirando de meus pensamentos_Já que você tem alguém a sua espera em Sant´Mara eu não quero que fique mais que o necessario, seria indelicado da minha parte. Ela disse com uma careta divertida. Seus olhos foram de novo para Judy e ela falou em tom serio._Juliety! Ela chamou fazendo minha mãe a olha-la com expectativa._Eu realmente espero que um dia você possa me perdoar por tudo de ruim que eu já lhe fiz nessa vida filha. Os olhos dela ainda estavam tristes_Mas eu realmente pensei estár fazendo a coisa certa pra você. Eu te amo muito.
Ela estendeu a mão e tentou pegar na de Judy que puxou a sua mão da mesa assim que percebeu a reação de Mary. Eu levei a minha mão até a dela a cobrindo com carinho_Nós sabemos disso vovó... Eu disse a ela e depois olhei para minha mãe do outro lado da mesa._Judy sabe disso...Só é dificil para ela aceitar a sua maneira de disciplina.
Um pequeno sorriso apareceu no rosto de Mary e antes que uma lagrima escorre-se de seus olhos ela se levantou os enchugando com um guardanapo._Bem preciso ir embora... Ela disse rapidamente._Tenho uma reunião com o investigador amanhã cedo e preciso descançar foi um longo dia.
Eu me pus de pé tendo Judy me acompanhando os movimentos._Claro vovó! Eu disse com pesar na voz, o jantar não havia saido muito bem..._Gostaria que eu te acompanhasse até o carro? Perguntei educado.
_Não querido. Ela foi rápida em negar o meu convite_Jimmy está me esperando lá fora não vai ser preciso te encomodar, leve juliety para o quarto. Ela me pediu com um sorriso.
Eu balancei a cabeça e caminhei na direção dela lhe dando um abraço carinhoso
_Foi muito bom te ver de novo vovó... Eu disse com sinceridade_Eu te amo! Completei lhe dando um beijo na testa.
Ela me abraçou apertado e devolveu o beijo na minha bochecha, ao nos separarmos ela voltou a encarar a expresão fria de Judy.
_Uma boa noite pra você filha. Disse com a voz embargada de tristeza_Faça uma boa viagem e seja feliz...Eu estou sempre torcendo por você e saiba que eu te amo muito. Foram suas ultimas palavras antes de se virar e sair do restaurante.
Eu observei a fisionomia de minha vó sumir do meu ponto de visão e depois me voltei para Judy, a surpresa me deixou assustado. Ela estava chorando.
Uma lagrima deslizou por sua bochecha direita fazendo meu coração parar no peito.
_Mãe! Eu disse me inclinando e lhe dando um abraço apertado.
Ela me apertou com bastante força como se tivesse medo que eu fugisse e respondeu sussurrando.
_Eu sinto muito Rob, mas eu não consigo perdoar... Ainda não, eu sinto muito...Sinto muito. Ela disse com pesar.
Eu suspirei rendido com o fato de ser verdade o que ela estava me dizendo._Não se preocupe...Eu disse_Serão sempre as suas escolhas mãe, Sempre. Eu falar com confiança.
Voltamos para a nossa suite, Judy se fechou no quarto me prometendo que dormiria para estar disposta para a viagem de volta pra casa pela manhã.
Eu fui para o meu quarto, tentei ligar para Kris algumas vezes mas só dava caixa postal. Tentei o telefone residencial, e a mãe dela me informou que ela havia ido dormir na casa de uma amiga de escola.
Mas isso não me convenceu algo estava acontecendo, Kristen não tinha motivos pra deixar o celular desligado. Por que ela não atende ao telefone hen?
Troquei minhas roupas e me joguei na cama.
Fechei meus olhos e deixei meus pensamentos me levarem ao meu anjo.
Eu conseguia ve-la em minha frente, seus rosto angelical, me seduzindo para ama-la como a mulher maravilhosa que ela era, a caricia que suas mãos faziam pelo meu corpo, os beijos que ela distribuia pelo meu rosto, a intencidade dela gemer o meu nome no momento em que eu a tomei em meus braços de modo possessivo e dominante, os meus labios saboreando a pele exposta de seu pescoço que eu tanto adoro beijar. Os seus olhos castanhos misteriosos que me enfeitiçavam de modo intenço. A fragilidade da sua pele, seus labios tão doces e macios que eu poderia sentir o seu gosto na minha boca. O prazer que eu sentia em tê-la em meus braços a apertando contra meu corpo, eu queria tanto mergulhar meus dedos pela cachoeira castanha que eram seus cabelos sentindo-os deslizarem por minhas mãos.
_Kristen! Eu gemi o nome dela sem me importar com o calor que invadiu o meu corpo de maneira carnal, intença e excitante.
Abri meu olhos assustado percebendo a penumbra da noite e o suor que descia pelo meu rosto. Tentei me sentar na cama e percebi um certo volume na minha calça de moleton. Suspirei frustrado esfregando uma mão pelos cabelos.
Eu definitivamente não ia conseguir dormir sem um banho frio.
(***)
Atenção senhores passageiros com destino a Fenix EUA...Ultima chamada!
A voz do alto falante do aeroporto nos informou mais uma vez, naquela tarde de domimgo.
Eu olhava para o meu relogio, contando as horas para chegar á Fenix e pegar o avião que me levaria direto á minha cidadezinha, Sant´Mara.
Pra dizer a verdade Judy e eu já deveriamos estar chegando lá essa hora. Mas minha mãe insistiu em ir ver a pista de voo onde trabalhou o meu pai e onde eles se conheceram. Eu não pude dizer não diante do pedido. Mesmo sabendo que o passeio nos tomaria todo o horario da manhã.
_Rob acho que já podemos ir. Judy me informou terminando seu visto no chekin.
Recolhi nossas malas e caminhamos para o avião. Assim que nos posicionamos em nossas poutronas eu fui conferir meu celular pra ver se Kristen havia retornado as minhas ligações. Nada! Nem mesmo uma única mensagem.
Fechei os olhos frustrado enquanto guardava o celular no bolso da calça.
_Posso ajuda-lo em alguma coisa?
A aeromoça me perguntou com um sorriso exagerado no rosto, assim que o avião se firmou no ar.
Eu franzi a testa com a pergunta dela e olhei para os lados ao meu redor. De todos os passageiros no avião ela veio justamente até mim para me perguntar isso? É cantada! Minha mente avisou.
_Não obrigado. Respondi educado forçando um sorriso.
Os olhos dela me estudaram por alguns segundo antes de concluir.
_Se precisar de algo não se incomode em me chamar ok?
Eu fiz uma careta com a direta obvia dela pra cima de mim e respondi seco_Obrigado mas eu tenho certeza que não vou precisar de nada, a não ser ficar um pouco sozinho, por favor. Pedi ainda em tom educado.
Ela manteve o mesmo sorrisinho malicioso no rosto ante de acenar com a cabeça e me deixar em paz.
_Sabe... Judy chamou a minha atenção do meu lado com um sorriso divertido no rosto_Eu sou mesmo uma mulher fabulosa. Ela disse entusiasmada.
Eu levantei as sobrancelhas com curiosidade pra ela.
_Mas do que é que você tá falando mãe? Eu quis saber.
Ela revirou os olhos pra mim antes de responder sorrindo.
_Eu fiz... Com a ajuda do seu pai é claro, um filho lindo de deixar as mulheres babando de desejo.
Os meu olhos se arregalaram e o meu queixo caiu ao ouvir isso.
_Ew! Mãe... Eu disse indignado_Por que você está me dizendo essas coisas? Perguntei_Eu não quero pensar em você e no meu pai ...Você sabe.
Ela deu uma risadinha com a minha reação mas me respondeu em seguida.
_As coisas boas da vida devem ser aproveitadas Rob... Você é um homem lindo e eu vejo as mulheres babando por você a toda hora. Ela parecia orgulhosa desse fato._Eu tenho que me sentir especial.
Eu balancei a cabeça de um lado para o outro como se entendesse mas, as palavras dela não saiam da minha cabeça.
Eu fiz com a ajuda do seu pai é claro... Ew! Fechei os olhos tentando fazer as palavras sumirem.
_Rob querido lembra daquele seu amigo? Ela me perguntou depois de um tempo.
Eu fechei a cara me lembrando muito bem do amigo da onça que eu tive a uns anos atrás em SHIATHON.
_Eu realmente não quero falar disso mãe. Eu disse seco colocando um ponto final nessa conversa.
Judy sabia que eu não gostava de me lembrar de que alem de mãe ela também era mulher e tinha necessidades de mulher, afinal ela está viuva a muitos anos.
_Ok! Me desculpe. Ela pediu baixinho entendendo meu desconforto e voltou a olhar pela sua janela.
(***)
A madrugada estava mais que silenciosa na minha querida cidade de Sant´Mara. O taxi nos deixou em frente a nossa casa eu olhei para a casa a frente da minha e uma necessidade imensa de invadi-la me dominou.
_Você já esperou um final de semana inteiro querido. Minha mãe me lembrou colocando uma mão no meu ombro._O que são algumas horas á mais?
_É...Eu sei, mas é que eu estou morrendo pra ver o rosto dela. Disse tristonho.
_Vem Rob...Ela disse pegando no meu braço livre enquanto com o outro eu trazia nossas bagagens de mão._Vamos entrar, tomar um banho e eu faço uma macaronada pra nós o que acha?
Eu franzi a testa pra isso.
_Na verdade eu acho que poderiamos comer uns sanduiches de presunto e queijo que eu sei estão na geladeira nos esperando para emergencias como essa. Falei fazendo uma careta pra ela.
Ela balançou a cabeça concordando e me puxou pra entrar na casa, eu ainda dei uma ultima olhada pra casa á minha frente.
Nós terminamos de desfazer as malas, tomamos um banho e preparamos os sanduiches pra comer assistindo a um filme qualquer na tv...
Já estava tarde e meu corpo estava reclamando por causa da viagem.
_Rob querido eu estou indo dormir...Judy me informou se levantando do sofá vestida na minha camisa de franela azul.
_Eu também estou indo. Falei me levantando em seguida.
_Trabalha amanhã? Perguntei enquanto subiamos as escada na direção dos quartos.
_Na verdade não! Ela me respondeu parando na porta do seu.
_Otimo pode descançar bastante. Falei como insentivo.
Ela me deu um sorriso antes dizer um boa noite e fechar a porta do quarto.
Caminhei para o meu quarto e fui direto até minha janela, o comodo onde eu sempre via a Kristen estava escuro.
Voltei para cama me jogando sobre ela de costas, eu estava exausto, meu corpo suplicava por descanso, mas estava feliz. Estava de novo na minha cidade, pra ter de volta a minha namorada e aproveitar cada minuto ao lado dela.
Porque ela não havia me ligado no Domingo? Por que ela deixou o telefone desligado no Sábado? Eu não conseguia achar uma resposta para as minhas perguntas.
Será que o meu anjo esqueceu de mim? Minha mente estava aflita.
Engoli o caroço na garganta com dificuldade. Calma Rob, não é nada disso. Ela vai te dar uma ótima explicação você vai ver... Minha mente tentou se convencer.
suspirei derrotado, teria que esperar o dia amanhecer para saber a resposta.
_Estou louco pra ti ver Kris... Eu disse pra mim mesmo abraçando o travesseiro enquanto fechava os olhos pra sonhar com o meu amor.
(***)
O meu despertador me acordou no meu horario de sempre, pulei da cama apressado. Não podia perder tempo, afinal kristen teria escola hoje e cada minuto perto dela seria precioso pra mim.
Corri para o banheiro tomando um banho rapido, desci as escada já sabendo que não encontraria uma Judy pondo a mesa do café. Fui para cozinha e roubei da geladeira um dos seus paizinhos de gergelin o encolindo com um pouco de suco de maça feito a base de soja. Fiz uma careta ao sentir o gosto daquilo.
Como que minha mãe sobrevive comendo essas coisa? Minha mente quis saber.
Fiz uma vistoria melhor no interior da geladeira e encontrei uma caixa de leite pela metade e uma barra de cereais. Bem... vai ter que ser isso mesmo. Pensei.
Virei a caixa de leite na boca tomando um gole e logo após joguei a barra de sereais atrás.
Olhei para o relogio na parede, faltavam quinze minutos para Kristen sair de casa. Corri para a sala pegando no armario os capacetes para mim e ela. Chaves da moto, carteira, celular, ok eu estou pronto para levar minha namorada no colegio. Pensei sorridente.
Abri a porta de casa e sai por ela, caminhei até me deparar com a porta da casa que eu tanto quis invadir noite passada. Tomei uma respiração profunda erguendo a mão no ar e apertei a campainha.
Eu estranhei a demora para atenderem a porta mas por fim alguém apareceu.
Aporta se abriu e meus olhos cairam para aminiatura de gente a minha frente. Ela tinha um sorriso divertido no rosto.
_Oi Rob...Bom dia! Disse Ashley
Eu retribui o sorriso me curvando para ficar do tamanho dela.
_Bom dia Ashley... A Kris está em casa? Eu perguntei duvidoso.
Ela fez uma careta mas não conseguiu me responder, os som de passos vindo da escada tomaram a nossa total atenção.
Lianny Stewart, descia com uma expressão de alivio no rosto.
_Robert! Ela disse meu nome com entusiasmo_Bom dia... Me desejou. Eu lancei a cabeça e respondi ao comprimento da minha sogra.
_Ele quer saber da Kris. Ashley disse para a mãe.
_Há! Claro.. Lianny disse concordando com ela_Você veio buscar a Kristen para leva-la ao colegio certo? Quis saber
_Sim, isso mesmo. Eu respondi meio apreensivo.
_Bem Robert. Lia começou a dizer_A Kristen não vai a aula esta manhã.
Eu franzi a testa sem entender.
_Mas porque, algo errado? Eu perguntei preocupado.
A minha sogra fez uma careta antes de me responder esfregando a mão na testa._Ela pegou uma gripe que á deixou de cama.
Eu levantei as sobrancelhas admirado com a noticia.
_Ela está de cama...Será que eu poderia ve-la? Perguntei ancioso.
_Claro! Lianny respondeu me indicando as escada para que eu subisse
_É a primeira porta a sua esquerda. Ela me informou enquanto eu subia as escada apressado.
Abri a porta devagar sendo inundado pelo cheiro tão agradavel do meu anjo, todo o seu quarto tinha o seu cheiro, respirei fundo absorvendo o aroma maravilhoso.
O quarto era bem grande todo pintado de azul bebê com a grande cama no centro e uma janela enorme em frente a ela. Tinha uma cadeira logo ao pé da cama, alguns livros espalhados no chão mas não havia bagunça, ele era bastante organizado para o quarto de uma adolescente.
Caminhei para dentro dele fechando a porta atrás de mim o mais silencioso possivel. Kristen estava de costas pra mim e parecia estar adormecida, não queria acorda-la. Me aproximei mais da cama me pondo de frente para ela. Um sorriso bobo apareceu no meu rosto.
Finalmente eu voltei para o meu anjo! Me agachei frente a ela e observei sua expressão serena ao dormir, sua respiração estava calma, suas palpebras se moviam pesadas, ela mexia seu corpo como se tentasse encontrar a melhor possição na cama, e então ela tossil, um som forte e intenço eu elevei minha mão até a altura do seu rosto tocando nele, sua pele era tão macia, mas estava quente e umida, febre. Pensei comigo mesmo Um pequeno sorriso apareceu nos labios dela ao sentir o meu toque e um sorriso cresceu no meu rosto
_Rob! Ela disse sua voz era rouca, cansada, mas continha alivio.
Ela havia me reconhecido mesmo adormecida, meu coração batia forte no peito. Eu me aproximei mais dela e sussurrei no seu ouvido de modo tranquilo pra não assusta-la.
_Eu estou aqui meu anjo e vou cuidar de você!
Kristen, abriu os olhos em uma linha fina, quase impercepitivel, e me encarou, o sorriso no seu rosto cresceu um pouco, quando eu pensei que ela os abriria completamente para me ver ela os fechou de vez suspirando fundo e entrando no mundo do inconciente.
Eu parei com as caricias em seu rosto e me levantei, já estava ali um bom tempo e não queria que Lia me achasse inconveniente no quarto de sua filha caminhei até a porta dando uma ultima olhada para a cama do meu anjo sabendo que ela estava dormindo tranquila e sai descendo as escada.
Lia e Ashley me esperavam na cozinha, fui até lá.
_Sr:Stewart! Eu chamei e encontrei os olhos zangado de uma sogra me encarando. Pensei no que havia dito de errado e corrigi.
_Me desculpe...Lia, eu gostaria de saber se a algo que eu possa fazer para ajudar a Kristen. Os olhos da mulher a minha frente se iluminaram com um sorriso ao ouvir as minhas palavras._Eu não vou trabalhar hoje, então eu queria passar algum tempo com ela, se isso não for um problema pra você é claro. Eu disse esperançoso.
Lia terminou de lavar a tigela de cereal da nanica sentada logo á minha frente nos olhando curiosa e respondeu._Pra dizer a verdade Rob, eu gostaria muito da sua ajuda hoje. Ela falou meio tristonha._Eu preciso levar Ash ao colegio e tenho uma reunião para a venda de um imovel muito importante e essa gripe da Kristen só nós colocou em apuros. Se você puder cuidar dela até que eu resolva tudo eu ficaria muito grata. Ela pediu. Eu balancei a cabeça em seguida concordando.
Mas é claro que eu ficaria com o meu anjo.
_Claro Lia, não tem problema nenhum, gaste o tempo que precisar eu cuido dela pode deixar. Eu respondi ancioso, por passar tempo ao lado da minha namorada.
Lia balançou a cabeça aliviada por ter minha ajuda e continuou.
_Bem...Ok então eu vou levar a Ash agora. Ela disse pegando na mão da pequena ao meu lado._Os remedios da Kristen vão chegar daqui a pouco, o entregador irá traze-los. O dinheiro está aqui ela indicou na mesa da cozinha, _Tem canja instantania no armario se ela sentir fome e leite morno no búle. Ela apontou para a pia._Se você precisar de alguma coisa ou tiver algum problema me liga ok Rob? Ela pegou um bloquinho e anotou o numero do seu celular entregando a mim.
Eu balancei a cabeça concordando com suas explicaçoes.
_Tudo bem não se preocupe. Ela vai ficar bem. Eu tentei passar confiança.
Lia me deu um sorriso confortavel antes de caminhar na direção da porta.
_Tchau Rob, depois agente brinca junto ta bom? Ashley acenou para mim antes de sair pela porta, eu dei um tchauzinho com a mão pra ela.
_Um bom dia pra você Rob! Lianny me desejou mais uma vez ao fechar a porta atraz de si.
Anotei o telefone na agenda do meu celular, joguei o papel na lixeira e voltei para o andar de cima, abri a porta do quarto de Kristen bem devagar para não fazer barulho caminhei silenciosamente até a cadeira ao pé da cama e me sentei nela, fiquei observando o meu anjo dormir tranquilamente. Era tão bom esta perto dela.
Me permiti vasculhar com os olhos o ambiente do quarto, jovem. Decidi, tudo muito jovem, cores nas paredes, computador de ultima geração, tv de plasma, um grande aparelho de som, um espelho de corpo inteiro, sapatos espalhado ao pé do guarda roupa, bolsa do colego pendurada na cabiceira da cama. E seu celular em cima da mesinha ao lado dela. Ergui as sobrancelhas para o que eu via, me levantei devagar
e peguei o celular, tentei liga-lo mas parecia estar sem bateria. Estranho! deduzi.
Kristen resmungou algo na cama, deixei o celular no lugar e voltei a minha posição anterior agora prestando mais atenção á ela.
_Dormi feito um anjo. Eu sussurrei para mim mesmo. Apoiei o cutuvelo no braço da cadeira e continuei a velar pelo sono dela.
Era tão bom está de volta a minha cidade, com a minha garota.
Agora sim eu poderia voltar a abraça-la, beija-la, e dizer para os quatro cantos da cidade que ela era minha, e só minha...
Fechei meus olhos e me pus a sonhar acordado com ela...

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